segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


"Há muitos tipos de corações. Há corações pequenos e tímidos, há corações grandes e abertos, há corações onde é preciso meter requerimentos de papel azul e selo de garantia para abrirem as portas e outros cheios de janelas, frescos e arejados. Há corações com trancas, segredos e sistema de alarme que são como cofres de bancos. Corações sombrios e desconfiados, com fechaduras secretas e portas falsas. Corações que parecem simples, mas quando se entra lá dentro, espera-nos o mais perverso dos labirintos. E há corações que são como jardins públicos, onde pessoas de todas as idades podem entrar e descansar. Há corações que são como casas antigas, cheios de mistérios e fantasmas, com jardins secretos e sótãos poeirentos, carregados de memórias e recordações e há corações simples e fáceis de conhecer, descontraídos e leves, sempre em férias como tendas de campismo. Há corações viajantes, temerários e corajosos, como barcos à vela que nos parecem bonitos ao longe, mas que nos deixam sempre na boca o sabor amargo de nunca os conseguirmos abarcar... Há corações missionários, despojados e enormes. Há corações que são paquetes de luxo, onde o requinte é a palavra-chave para baterem... Há corações que são como borboletas e voam de um lado para o outro sem parar, numa pressa ansiosa de viver tudo antes que a vida se acabe.
Há corações que são como elefantes do zoo, muito grandes, pacíficos e passivos que aceitam viver limitados pelos outros e que até tocam o sino se os tratarmos bem e lhes dermos mimos e corações aventureiros, sempre prontos para partir em difíceis expedições e se ultrapassarem a si mesmos. Há corações rebeldes e selvagens que não suportam laços nem correntes, corações que correm tão depressa como chitas e matam como leoas, e depois há corações gnus, que sabem que vão ser caçados mas não fogem ao seu destino...
Há corações que são como rosas, caprichosas e cheios de espinhos e outros que são campainhas, simplórios e carentes sempre a chamar por afecto. Há corações que são como girassóis, rodando as suas paixões ao sabor do brilho e da glória e corações como batata-doce, que só crescem e se alimentam se estiverem bem guardados e escondidos debaixo da terra.
Há corações que são como pianos, altivos e majestosos onde só tocam os que possuem a arte de bem seduzir. E corações como harpas, onde uma simples festa provoca uma sinfonia.
Há corações incondicionais que vivem tão maravilhados em descobrir a grandeza de outros corações que às vezes se esquecem de si próprios... Há corações estrategas, que batem ao ritmo de esquemas e planos, corações transgressores que vivem para amar clandestinamente e só sabem desejar o proibido e corações conservadores, que só se entregam quando tudo é de acordo com os seus padrões e valores.
Há corações a motor, que vivem só para o trabalho e corações poetas só se alimentam de sonhos e ilusões. Há corações teatrais, para quem a vida é uma comédia ou uma tragédia e corações cinéfilos que registam a beleza de cada momento em frames de paixão.
Há corações duros como aço, sem arritmias, onde nada risca e faz mossa e corações de plasticina que se moldam às formas dos corações que amam. Há corações de papel, bonitos e frágeis que se amachucam facilmente e desbotam à primeira lágrima, há corações de vidro que quando se estilhaçam nunca mais se recompõem e corações de porcelana que depois de se partirem ainda sabem colar os destroços e começar de novo.
Há corações orientais, espiritualizados e serenos e corações ocidentais hedonistas e ambiciosos, corações britânicos onde tudo é meticulosamente arrumado segundo costumes e convenções, latinos que batem ao som da paixão e da loucura.
Há corações de uma só porta que são como grandes casas de família e outros de duas portas, uma para a sociedade e outra para a intimidade. Há corações que são como conventos, silenciosos e enclausurados e outros que são como hotéis, onde se paga o amor sem amor, escandalosos e promiscuos. Há corações parasitas, que vivem do afecto dos outros sem nada dar e corações dadores que só são felizes na entrega.
Mas há ainda uma ou outra espécie de corações, os corações hospedeiros que sabem receber e fazem sentir os outros corações como se estivessem em casa, que dão e aceitam amor sem se fixarem, que tratam cada passageiro como se fosse o último, enquanto procuram o coração gémeo, sempre na esperança, secreta e nunca perdida de um dia deixarem de viajar e sossegarem para a vida."
margarida rebelo pinto

O meu é fino como a prata e precioso como o ouro e o vosso como é??

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tango mi amor.


Há dias dei por mim a escrever os porquês de te amar, recordo-me que não foi tarefa difícil de realizar e que a lista já ia relativamente longa. Recordo-me também de pensar que talvez fosse a altura certa de dar voz a palavra, de soltar do meu peito aquele tão esperado amo-te.

Não foi realmente o melhor momento nem a altura certa, baralhei gestos, atitudes, pisei em falso e caí.

Rasguei tudo o que tinha escrito por esses dias, todos os desabafos que coloquei no papel na expectativa de me darem coragem para agir.

Apenas pensei em mim, no quanto todo estava a ser bom para mim, e nunca me veio há mente que depois de tantos momentos maravilhosos, tu ainda não estivesses preparado para o ouvir o que já muito tinham visto.

Durante vários dias a magoa e a desilusão tomaram conta de mim, mas não do meu amor.

Não consigo encontrar forma de definir o amor, mas senti-o presente em tudo o que faço, em cada passo de Tango, em cada abraço Milongueiro, em cada pé torto ele está lá.

O meu Amor existe, ultrapassa orgulho, vence obstáculos, entrega-se de corpo e calma a todos os trabalhos que há a cumprir. Vive somente fechado entre 4 paredes cegas, surdas e mudas.

O meu Amor existe em silencio, como se de um pecado se tratasse, faz-se ouvir baixinho nas poucas vezes que fala.

O meu Amor resiste na expectativa de um dia ser aceite.

O meu Amor persiste na esperança de um dia ser amado.

Talvez brevemente deixe de dançar sozinha....

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"Sou toda feita de coração, nem sei porque é que Deus me deu miolos, nunca os uso para as coisas mais importantes da vida."

É difícil calar este sentimento que sinto florescer dentro de mim

É difícil ter de manter aparências, ter de disfarçar gestos e emoções

É difícil ter de calar quando apenas se quer falar

Fere-me demais a ausência de emoções.



E porque hoje, alguém me fez recordar Alexandre O´Neill:

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperançar louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Voando....

Com pouco tempo para me dedicar às escritas.
Vivo dias navegando em copos meios vazios, mas outros há (felizmente muitos) em que ganho asa e voo bem alto.
O medo de uma possível queda ainda não se afastou de mim, por isso vou tendo sempre por perto um copo meio vazio (se estiver demasiado cheio vou afogar-me nele com toda a certeza).
Viver paixões tem destas coisas, seguindo sendo feliz mas sempre com um MAS, sempre com um SE, sempre num meio passo.
Vivo assistindo a mudanças de atitude que me agradam, mas que não quero tomar como certas para não ter de baixar o voo e voltar a tocar no copo meio vazio....
Seguindo vivendo e aproveitando cada momento....

quinta-feira, 16 de setembro de 2010


Amar é...Sorrir por nada e ficar triste sem motivosÉ sentir-se só no meio da multidão,É o ciume sem sentido;O desejo de um carinho;É abraçar com certeza e beijar com vontade,É passear com a felicidade, É ser feliz de verdade!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Jardim de Tango


É bom ver novos projectos a florir!!!
O mais recente projecto do Atelier de Tango Argentino do Circulo Cultural Scalabitano.
Ideias não lhes faltam, vontade de inovar também não.
Irão certamente animar e muito os belos jardim da cidade de Santarém durante o outono. com muito tango, muita milonga e a boa disposição que lhes é característica.
Erguer-se-á no jardim com o cair da folha....
Atreva-se a experimentar esta paixão nas aulas regulares de Domingo das 18h-20h no Circulo Cultural Scalabitano


Vivo demasiado as minhas paixões, entrego-me a elas com muita intensidade e há momentos em que preciso de descansar e pensar.
Sinto-me desmotivada, ou melhor sinto que todas as iniciativas que tomo, todos os projectos que tenho são um fracasso.
Todo o esforço é inglório, e são poucos ou nenhuns os frutos recolhidos.
Preciso de dar tempo ao meu tango, sentir que ele sente a minha falta.
Preciso estar numa sala repleta de gente que sabe dançar e criticar-me.
Preciso resistir à tentação de dançar.
Não vejo evolução nos passos nem nos eventos pensados, e não consigo deixar de pensar em outros projectos que sei de ante mão que nunca chegaram a ver a luz do dia.
Quando nem o básico se sabe fazer há que deixar os sapatinhos novos em casa e colocar-me no meu lugar de mera espectadora de aulas e milongas...

sábado, 28 de agosto de 2010

Os pais merecem ser castigados.


Nesta era de consumismo compulsivo é incrível como se pode fazer a felicidade de uma criança com quase nada.
Na minha infância qualquer coisa servia para brincar, de pedras fazíamos dinheiro, de papel fazíamos tudo o que a nossa imaginação permitisse, jogávamos ao berlinde, à apanhada, às escondidas, à cabra cega… não existiam bonecos como os de hoje (embora também tivesse tido bastantes) não existiam jogos de computador ou consolas.
Pergunto-me varias vezes se as crianças de hoje serão tão felizes e saudáveis como as crianças de há 20, 30 anos atrás?
Queremos dar tudo aos nossos filhos, mas quanto mais damos mais tiramos. Damos brinquedos sofisticados que fazem tudo sozinhos, tiramos a imaginação de descobrirem novas brincadeiras, damos jogos de computador, tiramos a aventura de poderem fazer um jogo ao ar livre, tiramos as feridas nos joelhos, o exercício físico, a capacidade de desenrasque, o ar puro nos pulmões, damos McDonald e tiramos-lhes a deliciosa experiência de um piquenique no meio do campo.
Deste modo não admira que as nossas crianças não saibam o que é um Pardal Telhado, ou o nome de uma qualquer flor do campo, e que pensem que o leite vem simplesmente do super mercado…
Ao ver tudo isto a acontecer bem debaixo dos meus olhos não posso deixar de ficar feliz da vida quando vejo crianças a brincar varias horas com uma simples folha de papel, ou com um garrafão de plástico vazio, crianças que ainda têm imaginação para fazer de coisas tão banais o melhor e mais divertido brinquedo do mundo.
Nós Pais, mais do que os nossos filhos, estamos a deixar-nos dominar pela tecnologia, que muitas vezes não nos beneficia em nada, estamos a deixar que a publicidade tenha o efeito desejado e que acabemos por comprar tudo o que achamos ser o melhor para os nossos filhos, quer por estar na moda, quer por ser caro, ou apenas porque existe uma amigo que também tem… e assim nos esquecemos de como a nossa juventude ao ar livre foi boa, de como eram simples e valiosos os nossos brinquedos, pois sabíamos (ao contrario do que os nossos filhos sabem hoje) que não teríamos novos sempre que quiséssemos.
Hoje em dia protegemos de tal maneira os nossos miúdos que se um dia caíssem não se saberiam levantar sozinhos, cuidamos deles como se fossemos estar sempre presente e esquecemos-nos que um dia não iremos estar ao seu lado para lhes gritar: “ Não vás por aí podes cair”
Somos nós pais que merecemos ficar de castigo, por nos termos tornado tão ausentes, por estarmos tão absorvidos nas nossas vidas profissionais, que quando estamos com os nossos filhos queremos dar-lhes tudo quanto nos pedem, pensando que esse tudo suprime a falta de carinho, atenção e educação, coisas estas que ainda não existem a venda nas lojas de brinquedos.
De tão preciosos que são os nossos filhos, de tanta vontade que temos de os ver felizes e realizados, esquecemos-nos de como tão simples, prático, e acessível isso pode ser, estamos a sufoca-los com tanta protecção, estamos a dar-lhes tanta coisa supérflua e dispendiosa quando a felicidade pode estar em algo tão banal como um simples garrafão de água vazio.
( Terá continuação assim que a inspiração vier.)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010




Uma noite sozinha em casa e dá-me para isto: colocar o LEGO em dia…
Pois é, bem sei que não é meu, que não me foi oferecido a mim…. Mas o LEGO estava ali a olhar para mim já há algumas semanas, a espera que alguém se chega-se a ele e lhe desse um pouco de carinho… e eu como sou uma piratinha com sentimentos... fui-me a eles.
Diga-se de passagem que uma boa parte do trabalho já tinha sido feita pela piratinha mais pequena (a minha filha). Pois é, sou uma má mãe que roubou o LEGO da filha para seu próprio divertimento. E depois vocês não fariam o mesmo? Serão capazes de lhes resistir durante 3 semanas? Pois eu não fui senti-me na obrigação de terminar o que a pequena já tinha iniciado, e muito bem, não foi necessário trocar pecinha nenhuma, estava tudo no sítio certo.
Numa horinha estava o trabalho feito, e eu toda contente com o resultado final (embora não sejam nada de especial), vamos ver como reage a criança no fim de ver o seu LEGO prontinho.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estou aqui...


É confuso aquilo que sinto no meu intimo.
Entre o desespero, a rejeição, o medo, a incompreensão, a carência, a felicidade extrema...
Preciso das palavras para entender as emoções.
E a única coisa que rogo é que não mas digam em vão, como quem conforta situações, porque elas ecoam-me na alma indefinidamente e quase que me levam à
loucura por não se coadunarem com os actos e o que se desenlaça à minha frente...
Sinto-me obcecada pelo peso da significação de cada palavra... Este silêncio asfixia-me a alma, tolda-me o raciocínio, martiriza-me a calma...
Que venha a mim a clarividência dos gestos, das vontades, dos desejos e das necessidades.
Sinto falta de tantas coisas que nunca tive...
E desta insegurança nasce tanto medo, tanta tristeza, tanta carência...
O que é que eu faço a isto que sinto?
Como lido com este misto de angústia, alívio, pânico, incerteza, felicidade, amor e temor?
A tua voz trémula e sofrida faz-me sangrar por dentro, por ti, pela dor que sentes, pelo desgosto que trazes no peito, pelo pavor do que te espera na incerteza...
Quero-te no meu colo, passar-te a mão pela cabeça, dizer-te que vai ficar tudo bem. Enxaguar-te as lágrimas, afagar-te a alma e tranquilizar-te o espírito.
Quero tirar-te a tristeza dos olhos, oferecer-te o meu sorriso, mesmo que não seja este que queiras ver.
Quero chorar contigo no silêncio das recordações, dos arrependimentos das omissões...
Quero que saibas que apesar de te querer em mim em silêncio e há já algum tempo, mais poderoso e importante que esse desejo meu, é a necessidade que agora me invade de te voltar a ver sorrir, de arrancar pela raiz essa nuvem pesada que te carrega o semblante.
Estou aqui para ti. Como ser humano, como amiga, como ouvinte, como filtro para descarregares tudo o que te vai dentro, como carregador de energias positivas...
Estou aqui. Simplesmente.

O Amor

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Isto



Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fernando Pessoa



É fácil beijar o rosto…
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos…
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir amor…
Difícil é conter sua torrente!

Palavras que não dizem nada...


Há silêncios que dizem tudo e palavras que não dizem nada, sobretudo se o assunto for o amor.
Depois do alivio de se dizer o que a muito se vai guardando vem o vazio…
O arrependimento por se ter dito algo que possivelmente não deveria sequer ser pensado…
Sabendo de ante mão que o que se precisa dizer não vai alterar seja o que for, porque raio se diz?
Porque é que não nos limitamos a deixar falar o silêncio, e calar tais sentimentos?
Deixa-los simplesmente ir desaparecendo a medida que o desprezo se insta-la…
Deixa-los simplesmente crescer a medida que a falta de palavras desaparece….
As palavras são apenas caixas vazias é preciso enche-las, só devendo ser prenunciadas nesse exacto momento, de forma a poderem ser realmente entendidas por quem as ouve…
A coisa mais deprimente que existe é ser-se chamada de amiga pela pessoa que se ama.
Negar o que foi dito? Não vale a pena, o tempo faz com que tudo se esqueça e se perca há medida que os dias vão passando, e os sentimentos vão sendo colocados de parte.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Muitas vezes dou por mim a pensar como é difícil, por vezes, ser-se mulher... Ser-se filha, mãe, Irmã, amiga, conselheira, ser-se empregada, estudante, fada do lar, empresaria de sucesso (sendo o sucesso as encomendas e os elogios que não paro de receber)... Existem dias que fico totalmente esgota de tanta actividade, de tanta responsabilidade, de tanto recadinho que me pedem os pais, os irmãos, a filha, os amigos e amigas, o patrão, a sócia, e todos os outros... No fim de pensar em tudo isto, aparece um sorriso repleto de alegria e realização. Como sabe bem ser mulher, filha, mãe, Irmã, amiga, conselheira (escondendo muitas vezes a tristeza e conseguir dar um sorriso ou um abraço), empregada, estudante, empresaria, fada do lar... Mesmo chegando ao fim do dia com o corpo e a mente exausto de tanta actividade é maravilhoso sentir que sou útil para alguém, que há quem me considere importante, e principalmente quem goste de mim!!!!
Concluindo quando me ponho a pensar como é difícil ser mulher acabo sempre por ficar com o coração repleto de alegria, com um sorriso tonto e com uma vontade enorme que o amanhã chegue e que tudo se repita...

domingo, 8 de agosto de 2010

Segredo misterioso


Numa noite sem luar
Decidi escrever um poema
Queria falar de amor
Por isso foi esse o tema
Comecei a pensar no que escrever
E nada me vinha à cabeça
Até pensar em ti e logo tive uma ideia.
Pensei como te quis
Pensei como te quero
Mas porque pensar em ti se tu não me queres da mesma maneira?
Estava a ficar confusa com o que pensava
Porque pensar nele se ele já nem me ligava?
Então no silêncio da noite escutei qualquer coisa que não consegui entender
Ate que a certa altura consegui por fim escutar
O céu encheu-se de estrelas e a noite já tinha luar
Abri um sorriso puro quando realmente entendi
Eras tu que dizias “ afinal gosto de ti”.

Solidão


Solidão é não te ter ao pé de mim
É não poder olhar os teus olhos
Onde me perco no infinito
Olho a tua boca que tanto quero beijar
Não sei quando
Não sei se algum dia te terei ao pé de mim
Mas enquanto esse dia não chega
Eu olho para ti e sonho…
Tenho sede, não de água
Tenho fome, não de pão
Tenho sede dos teus lábios
Tenho fome da tua paixão.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Silêncio


Tinha decidido logo pela manhã que hoje seria o grande dia. O dia das revelações.
Parecia-me o momento mais oportuno para o fazer, porem estava apenas a espera da hora certa, o momento exacto em que iríamos estar só nós dois, tranquilos no nosso ninho, para te dizer o que a muito ando a adiar.
E hei que chega o tão esperado momento, e com ele também o cansaço, pela primeira vez em 10 meses vejo-te adormecer no sofá… foi instantâneo, sentou e dormiu… e lá se foi mais uma oportunidade, daqui por um mês voltamos a tentar e se calhar é preferível fazê-lo logo pela manhã….

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

De tão bom que é nem tem definição.


10 mesinhos...Como o tempo voa quando estou contigo, quando somos felizes.
Poderia estar aqui o resto da minha vida a enumerar tudo o que de bom que me ofereceste e ensinaste durante este tempo.
Contigo cada dia é um dia diferente, cada noite é uma deliciosa surpresa, cada ausência é uma dolorosa saudade, cada tango é uma paixão.
As vezes triste por não te conseguir fazer o tão feliz que mereces, mas a grande maioria das vezes feliz por ver esse teu sorriso, por assistir aos teus sucessos as tuas vitorias e conquistas.
Estarei aqui sempre disponível para novos projectos de vida, para novas aventuras, para novos tangos... :)
E por muitos obrigados que te diga nunca irei conseguir agradecer esta extrema felicidade que trouxeste para o meu mundo...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Tenho este defeito, quero viver tudo hoje.
Não estou habituada a esperar, quando é preciso fazer FAÇO, quando é preciso ir VOU, quando é preciso estar ESTOU.
Não sei viver na metade.
Não sei viver no quase.
Não sei viver com as pernas cortadas.
Para mim apenas existe o sim e o não.
Tenho planos, tenho metas, e vou conquista-las a todas.
Quero divertir-me com os amigos, quero amar muito, quero voltar a sentir uma criança a nascer dentro de mim, quero estabilidade.
Quero muito assim como tenho plena certeza deste meu querer.

Momentos de plena felicidade e profunda tristeza


Sinto-me de tal maneira perdida que nem consigo escrever.
Sinto o meu corpo a quebrar, a pedir descanso.
O meu coração de ontem não é o mesmo de hoje.
Sinto-me perdida no meio de tanta incerteza,
Sinto-me como se me estivesse a afogar, com vontade de vir ao de cima de agarrar a vida e dar um passo em frente, porém a maré puxa por mim e cada vez me puxa mais para o fundo.
Não sei o que dizer a isto, sinto-me simplesmente em 2º plano, sou sempre o depois de...
Momentos em que sou rainha e senhora e outros em que sou apenas escrava das incertezas.
Nem sei se te congratule por este aniversario, que passou despercebido por entre os outros dias, ou se simplesmente me mantenho aqui a espera que te sentes a meu lado de corpo e alma...

domingo, 1 de agosto de 2010

Quase



Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia",quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Sarah Westphal
( Com muita pena minha não fui eu que o escrevi, mas de qualquer forma identifico-me tanto com ele que poderia ter-me saído da ponta da caneta)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Copo meio cheio...


Finalmente um sorriso rasgado.
Uma alegria sem fim tomou conta do meu peito quando ouvi a tua voz.
Estava a precisar de te ouvir poder encher o meu copo meio vazio.
E parece que apenas isto bastou para o mundo se encher de cor.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nem sei que nome dar a isto...


Pensei que hoje já poderia falar calmamente contigo...
Pensei que hoje já poderia contemplar a beleza do teu rosto...
Pensei que hoje te poderia ter por escassos momentos fechado em meu abraço...
Pensei errado!
Mais um dia se passou, e o dia da tua chegada não chegou...
Já não suporto esta saudade
Esta falta de comunicação
Esta indiferença...
Oxalá amanha te veja ao meu lado, ao pé de mim...

Saudade


Permite-me que tenha saudades tuas
Que sinta falta da alegria do teu sorriso
Do calor do teu abraço
E por mais que o nosso tempo seja escasso
Guardo tais momentos neste delicado espaço.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Noites longas


Sinto-me fraca não consigo dormir, tenho a cabeça a arder, tenho suores frios...
Quero gritar pelo teu nome...
Preciso do teu rosto querido...
Preciso do teu doce abraço...
Mas neste momento só o som da tua voz já seria recebido como uma dádiva.
E o telefone que não toca...
Já a noite vai longa quando me rendo ao cansaço e me deixo embalar pelo sono, porém acordo varias vezes, durante a madrugada, em constante sub salto com medo que o telefone tenha tocado e eu não o tenha ouvido.
Mas não, o telefone não tocou, e eu volto a dormir com a esta incerteza de como estás, tu que quando estas longe nem tens tempo para te lembrares de mim, que passo os dias e as noites preocupada contigo e sentindo esta imensa saudade...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nunca dizes adeus.



Nunca sabemos para onde vamos. Nunca sabemos até onde podemos chegar, nunca conhecemos os nossos passos,
mesmo quando pensamos que escolhemos os melhores caminhos.
Tu vens e vais como um pássaro, voas como quem anda, ficas como quem mora e, quando partes, nunca dizes adeus.
Penso sempre que é a última vez, mas depois há uma força que te faz voltar, e a cada regresso trazes-me mais conforto, mais paz, mais sabedoria.
O que te faz voar até mim é um mistério que o mundo não consegue resolver.

Inquietação


Assim que acordo o primeiro pensamento que me ocorre é que hoje não vou ver o teu rosto. As minhas mãos vão passar o dia a procurar um qualquer recanto do teu corpo, e não o vão encontrar. Os meus braços têm sede dos teus. Os meus olhos vagueiam pelas ruas em busca de uma visão tua. mas tu estas longe, as minhas mãos não te podem tocar, nem o meu abraço se fecha no teu.
É isto que não entendo em mim, esta tristeza que me invade pela tua ausência, quando sei que te estás a divertir, e quando estou de pleno acordo com tudo isso, mas não consigo fazer com que esta tristeza de mim se despegue.
A ausência de um beijo de despedida, a falta de uma conversa, a falta de um " Gosto de ti" olhos nos olhos faz-me sentir como se fosse insignificante, como se estes 10 mesinhos não tivessem sido nada, como se tu ainda vivesses numa casa vazia, a qual eu não consigo encher de cor e alegria.
E é assim cada vez que te ausentas. Vivo sempre esta saudade de uma forma muito intensa, esta tristeza profunda por não te poder ver, por não te poder beijar ou simplesmente abraçar.
passo horas a espera do que não vou ver, perco-me em frente ao P.C. esperando por ti mesmo sabendo que não vais aparecer, vivo colada a um telemóvel que não toca... e amanha será outro dia, esperando com expectativa o momento em que te vou ter de novo fechado no meu abraço.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Gosto de ti assim...


Gosto de te ver adormecer e de te beijar;
Gosto de dormir no teu colo, abraçada até acordar;
Gosto de te ver quando acordas e não sabes o que dizer;
Gosto de sentir os teus dedos atrevidos a cuscar;
Gosto de saber que gostas de estar comigo,
E que tudo isto é mais do que um simples delírio;
Gosto da forma como soa o meu nome nos teus lábios;
Gosto do som do teu doce e suave beijo;
Gosto da forma como os teus olhos dançam quando eu brilho;
Gosto quando cozinhas para mim:
Gosto quando me enches a casa de LEGO e passamos horas neste monta e desmonta;
Gosto de todos os nossos momentos, mesmo daqueles que de tão corriqueiros que são não deveriam de ter nada de que se gostar;
Mas eu gosto.
Gosto de ti apenas porque gosto de ti....

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Porta do Sol


Num daqueles fins de tardes em que apenas me tenho a mim por companhia, deixo a solidão tomar conta de tudo o que existe em mim e vou por ai sem rumo, deambulando pelas rua desertas de uma cidade cansada da azafama do dia.
Não é difícil encontrar o caminho que o meu coração procura, pois nestas alturas a direcção que as minhas pernas tomam é sempre a mesma, sempre aquele o mesmo cantinho, Portas de Sol.
De dia ou de noite a sua beleza mantém-se inalterado, a sua paisagem o rio a lezíria, trazem-me de volta o sorriso.
Aqui consigo sempre encontrar paz de espírito, consigo sentar-me nos degraus das muralhas do Castelo e pensar... estar simplesmente ali a meditar nas minhas coisisnhas, nas minhas chatices, e consigo sempre passar aquele enorme portão de ferro com uma sensação de alegria e paz.
Como se aquele período de tempo em que ali me mantive tivesse apagado todos as chatices do meu dia, como se todo o meu mau humor tivesse ficado ali enterrado num qualquer buraco...
Do alto da minha torre as coisas eram todas bem mais fáceis, mas de lá também não dava para sentir toda a felicidade que tenho vivido...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sra Osga


Até pode ser o melhor bichinho do mundo, como diz o entendido na matéria: “e melhor do que ser inofensiva para nós, dá conta de tudo o que é pequenas pestes que fazem a nossa vida negra, nomeadamente MOSQUITOS (que nos mordem), TRAÇAS (que nos comem a roupa) e outros pequenos insectos, aranhiços, etc etc... é dos animais mais úteis ao homem, por muito medo que façam a certas pessoas. Para além disso é o único animal que se agarra a qualquer coisa sem recurso a gosmas ou peçonhas (que é aquilo que faz mal) e pode passar-te por cima que não ficas com marcas nenhumas! (já me aconteceu a mim...também me assustei mas não houve stress nenhum!)... é fascinante para os cientistas porque agarra-se ao nível molecular a todos os materiais (excepto teflon) e a forma de se agarrar ainda é um enigma por resolver.”, Mas só de pensar que o meu belo dedo tocou por escassos segundos num milímetro de escamas deste ser… o meu corpo estremece…É uma reacção que não sei sequer explicar… simplesmente é um animal que me enoja, que desperta em mim uma séria de sensações nada boas… o meu lado de borboleta fala mais alto e não quero nada com este bicharoco…
Pode continuar a viver e a ser feliz sra dona osga mas bem longe da borboleta

domingo, 11 de julho de 2010

1º sucesso :)



Tornou-se uma paixão, o que era apenas mais uma experiência nova, tomou conta de mim, viciou-me. E tal como nas paixões primeiro estranha-se depois entranha-se, foi exactamente isso que aconteceu com o meu tango.
Tantas vezes pensei em desistir, no fim de aulas em que dava tudo por tudo e não conseguia fazer absolutamente nada, mas foram talvez estas aulas, onde não fiz nada que me deram vontade para conseguir fazer nas próximas.
E é tão mas tão gratificante, depois de passar uma dura semana de ensaios que nos deixam os pés completamente feitos num 8, viver toda a ansiedade, nervosismo, pânico de falhar e deixar mal visto quem tanto nos tem ensinado e ajudado, e no fim de tudo isto chegar dançar e brilhar, e tão deliciosamente bom ouvir o som dos aplausos, os piropos, sentir a adrenalina a percorrer-nos o corpo e saborear a vitória…
Venham mais convites que serão aceites de bom grado, e voltaremos de novo ao principio… ensaios… nervos… ansiedade falta de confiança….

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sonho bem real


Longe de tudo o que conheço posso finalmente ser eu mesma, nem que seja apenas por uns dias, que de tão bons que foram, passaram como se de horas se tratasse.
Poder fazer tudo aquilo que tenho vontade sem pensar nos olhares que nos rodeiam, poder beijar muito, andar de mão dada na rua, mimar-te sempre que tenho vontade, e sobretudo não ter de pensar em como devo ou não agir. Ser simplesmente à espontaneidade em pessoa, sem quaisquer artefactos.
É tanta a felicidade que é como se fosse explodir a qualquer momento, como se tanta alegria já não coubesse dentro de mim, o coração bate mais forte cada vez que oiço a sua voz, e quando vejo o teu sorriso…. Que sorriso lindo que tu tens, tão repleto de felicidade….
E foram tantas, mas tantas as vezes, que tive vontade de te sussurrar ao ouvido tudo isto que trago comigo, mas o teu olhar disse-me bem mais do que as minhas palavras lhe iriam dizer, o momento certo vai chegar para os dois.
Para além da felicidade constante, de todas as novas experiências vividas, de todo o carinho partilhado, muito mais ficou no meu peito guardo, momentos únicos que no que depender de mim, se iram repetir sempre que possível, pois são momentos assim que nos mostram se estamos ou não no caminho certo.
Fazer-te feliz é ser feliz a dobrar….
Voltamos a vida real, mas os gestos do sonhos vieram connosco…

domingo, 20 de junho de 2010

Quando nem o básico se sabe fazer não vale a pena querer fazer o resto.


A aula de tango Argentino hoje correu-me muito mal….
E quando isso acontece fico…. deprimida
Muito calor, nariz ainda congestionado, da ultima constipação,
Exercícios tão básicos e não os consegui fazer com as mínimas condições exigidas
Pés tortos, ganchos mal feitos, desequilíbrio, falta de postura...
Faltou dedicação, ou atenção.
Mas sobretudo faltou um tango….

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mais baixinho borboleta…



Vivo os sentimentos de uma forma muito intensa…
Entrego-me de corpo de alma, esperando que o espelho reflicta a mesma entrega….
Desejo viver num minuto todos os minutos que a vida me dá…
Voo alto em meus sonhos, delírios demasiados altos…
Mas o espelho não reflecte a mesma vontade, o mesmo sentimento, a mesma entrega, o mesmo desejo ou os mesmos sonhos….
Mais calmo e ponderado….
Um não vindo de dele… É gelo, é um arrancar o coração do peito, um destruir de sonhos…
É um saber ver que só pode existir essa resposta e mesmo assim não a querer ouvir…
És a voz da razão que me chama a realidade…
Embora, as vezes, preferisse continuar a viver uma doce quimera….
Porém existe um trato a cumprir: verdade e respeito….
Volta a terra borboleta…. Repousa as assas, só assim terás força para um dia voar mais alto ainda…..
Se és feliz assim, para que voar mais alto???

sábado, 12 de junho de 2010

Quando o mundo dos pequeninos toma conta do mundo dos grandes



LEGO um brinquedo feito a pensar nos mais pequenos, mas que faz as delícias dos grandes.
É engraçado ver como os adultos se envolvem neste mundo de brincar, e como levam a serio as suas construções, que fazem as delícias de todo e qualquer amante de arte…
Viver estas exposições por dentro é uma experiencias bastante enriquecedora, entrar neste mini mundo e ver com tudo nele é grandioso, ver a cara de admiração dos petiz, e a felicidade dos especialistas na matéria, é sem duvida maravilhoso.
E foi tão, mas tão bom estar presente neste evento, poder ajudar, mesmo dentro das minhas limitações, falta de jeito e experiencia….
De registar uma imensa felicidade pelo que vivi e uma enorme vontade de estar presente em próximos eventos LEGO…

terça-feira, 8 de junho de 2010

Arte e Emoção


Contra factos não há argumentos. Eu sou do campo, sou ribatejana e vivo a festa brava com toda a paixão, emoção e respeito que ela merece. Não critico quem não o faça ou quem simplesmente deite as tradições da sua terra para o caixote do lixo, assim como não gosto que critiquem o meu gosto.
Argumentem o que quiserem, que terei respostas na ponta da língua para vos dar, mas não utilizem argumentos falaciosos, ou faltas de respeito, porque quando é preciso também sei descer do salto.
Aceito todas as discussões que me forem propostas sobre este tema, mas desde já aviso que é perda de tempo tentar fazer-me mudar de opinião, tal como o meu objectivo não é fazer com que quem não goste de uma tourada vá comigo visitar a Feira do Ribatejo.
No meio disto tudo o que mais me incomoda é a arrogância de certa gente, que pensa que por sair do pais é melhor que eu, que por ter um curso superior entende mais do assunto, e tem de ter razão, e quando esta não lhe é devidamente dada, ou quando os argumentos se esgotam, voltam-nos a cara chegando ao cúmulo de acabar com uma amizade de anos….
Não é deste tipo de gente que o mundo precisa, de arrogância, egoísmo, e traição de gente que apenas é do contra só para ser diferente, de gente que se for necessário deixam de ter valores só para poderem pertencer a este ou aquele grupinho…..
É triste ver como há pessoas assim tão…… tristes!!!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O meu Tango

Está é uma das minhas aventuras mais recentes, aprender a dançar Tango Argentino.
E deixem-me dizer que estou simplesmente a adorar!!!
Para além da companhia que não podia ser melhor, esta a ser extremamente divertido ver as minhas figurinhas....
o desafio foi-me feito por um amigo, ao principio fiquei um pouco reticente, mas ainda bem que aceitei.
A dança esta a deixar-me mais solta, mas ao mesmo tempo mais observadora e concentrada no que faço, não é fácil não conseguir fazer um ou outro passo, o que me deixa completamente fora de mim, por outro lado um elogio a um passo bem feito faz explodir em dia uma alegria imensa.

Afinal parece que as borboletas para além de saberem voar também sabem..... pisar :D

Eu acredito no amor e na paixão, no ser sincero nos sentimentos e nos actos. A chave de tudo resume-se a ser verdadeiro.


Pouco ou nada percebo de relações amorosas, mas há “regras” que penso que são tão óbvias que me custa a acreditar que alguém que ame outrem não as queira ou consiga cumprir, partindo do princípio que quando se quer tudo se consegue.
Quando quero realmente algo faço tudo o que estiver ao meu alcance para o conseguir, assim como quando gosto de alguém não me custa absolutamente nada dedicar o meu tempo aos seus hobbies, por exemplo, nem que para isso seja necessário deixar os meus um pouco de lado, pois sei que quando eu precisar do seu tempo ele mo dará com um sorriso nos lábios.
O egoísmo é das piores coisas que pode existir numa relação fazendo com que esta se definhe aos poucos.
Se somos dois porque raio é que só se pode fazer o que apenas um quer, ou o que um gosta?
Se queremos ter uma relação com alguém temos de deixar de pensar única e exclusivamente só em nós e passar a olhar também para o umbigo de quem nos mima.
Sem se fazer fretes podemos viver momentos agradáveis sugeridos pelo nosso/a companheiro/a.
Eu fretes não faço, oiço com atenção todos os convites que me forem sugeridos, aceito a sua grande maioria, pois para além de adorar compartilhar momentos com ele adoro viver novas experiencias, conhecer pessoas novas, sorrir, brincar, aprender… e não, não dou a espera de receber algo em troco a não ser a alegria de viver momentos deliciosos com alguém que adoro.
São pequenitas coisas que fazem toda a diferença, as vezes actos à partida insignificante, mudam o nosso modo de estar e até mesmo o nosso modo de gostar.
Mas na base de todo isto está a sinceridade, o respeito, a lealdade, amizade, a vontade de cada dia ser e fazer melhor para mim e para ti.
Eu amo como me tens ensinado a amar, pois agora sei que antes de ti não amei ninguém.
E agora pergunto haverá algo melhor neste mundo que dedicar um dia inteiro a pessoa que se ama????

domingo, 6 de junho de 2010

Gosto demasiado de ti para me manter em silêncio.


Preciso de deitar cá para fora este sentimento, de subir ao alto do monte e gritar AMO-TE mesmo sabendo que o eco não se ira fazer ouvir.
Nunca tinha sentido nada assim, nunca o meu corpo tinha sido dominado por tal sentimento, nunca um sorriso foi tão sincero e o abraço tão sentido, nunca os meus olhos observaram tal beleza.
Ninguém é feliz sem sonhos, e tu trouxeste-mos de volta, embrulhados em papel azul., com pequenas borboletas prateadas. Agora são meus, posso fazer deles o que quiser. E nos meus sonhos somos um casal feliz, pois nos meus sonhos nada é segredo.
Espero por ti todas as noites dos meus dias e todos os dias das minhas noites, um simples sorriso alegra o dia e dá brilho a noite.
Por aqui estou, no teu olhar perco as forças, entrego o meu corpo no teu abraço e deixo-me levar nessa doce melodia, por vezes troco os passos, penso não saber ainda quem és e desvio…. Mas o desvio não é solução… não resolve nada.
As vezes distante, calada, amuada, mas sempre por aqui com um sorriso para te dar, um ombro para te apoiar, duas mãos para te mimar, um boca para te beijar, e um olhar para te dizer em silêncio o AMO-TE que ainda não conseguiste ouvir….

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ESTEREÓTIPOS DE BELEZA



Este foi um dos trabalhos que me deu muito gosto realizar. Diferentes culturas, diferentes realidades, diferentes gostos, diferentes conceitos e preconceitos, diferentes definições de beleza que me levaram a concluir que a beleza não tem definição...
Entretanto no fim de editar o video é que verifiquei que contem um erro: é silicone e não selicone com está escrito no video, desde já peço desculpas por ter manchado desta forma a beleza do meu trabalho :D

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Reflectindo um pouquinho…

Reflectir é extremamente necessário, embora as vezes não apeteça muito, ora por se estar cansado, ora porque o tema não nos motiva a tal reflexão. Estes 2 anos de curso exigiram de mim muitas reflexões, umas mais profundas que outras, mas todas elas me ajudaram a ver a vida com outros olhos, e a mudar mesmo certas opiniões.

Reflectir sobre as minhas experiências de vida fez-me ver que a minha vida precisava de uma mudança radical, fez-me tomar consciência que aos 24 anitos a minha vida estava… sem vida…. Existia monotonia e responsabilidades a mais e as aventuras e diversão estava quase que extintas do meu dicionário, porém regressar aos estudos foi como voltar 10 anos atrás no tempo, e regressar ao Liceu, vivendo todas aquelas aventuras e peripécias de adolescente…

Sem dúvida alguma tenho muito a agradecer a todos os formadores, por todo o que me têm ensinado até aqui, mas não posso, nem devo deixar de fora todos os meus amigos, colegas de carteira e companheiros da paródia, por me ajudarem a ser o que sou hoje.

Olhando para trás, vejo que todas as experiências vividas nesta sala de aula, foram esquecedoras, recebi tanto deles, tantas experiências de vida, tantos conselhos, tantos miminhos, abracinhos, cafúnes, tantos sorrisos, tantas alegrias e calorias………….

Diz o ditado que um azar nunca vem só, eu prefiro mudar o ditado e dizer que esta minha sorte (de entrar neste curso) não veio só, trouxe a reboque uma serie de mudanças na minha vida……

Já volto… tenho uma criança a minha espera…. :)

Porque tudo tem de ter um inicio...

O Blog da Carlita é um cantinho que tem como finalidade mimar à minha pessoa, a minha família, e os meus amigos. É um cantinho aconchegante, uma janela aberta com vista para o meu mundo repleto de aventuras, de emoções, de momentos murmuráveis, de sonoras gargalhadas, ou apenas momentos em que um abraço seria o suficiente para aconchegar-me a alma.

A criação deste blog foi-se proposta pelos formadores do curso EFA que estou a frequentar neste momento, e que está quase a terminar….. este curso que tanta coisa me ensinou, que abriu os meus horizontes, que colocou no meu caminho amigos pá vida, que tanto me aturaram e ensinaram!!!

Agora desculpem mas tenho de ir… tenho de ir tenho uma criança a minha espera…(A típica frase de fim de aula da Carlita!!) :)