sexta-feira, 23 de julho de 2010

Porta do Sol


Num daqueles fins de tardes em que apenas me tenho a mim por companhia, deixo a solidão tomar conta de tudo o que existe em mim e vou por ai sem rumo, deambulando pelas rua desertas de uma cidade cansada da azafama do dia.
Não é difícil encontrar o caminho que o meu coração procura, pois nestas alturas a direcção que as minhas pernas tomam é sempre a mesma, sempre aquele o mesmo cantinho, Portas de Sol.
De dia ou de noite a sua beleza mantém-se inalterado, a sua paisagem o rio a lezíria, trazem-me de volta o sorriso.
Aqui consigo sempre encontrar paz de espírito, consigo sentar-me nos degraus das muralhas do Castelo e pensar... estar simplesmente ali a meditar nas minhas coisisnhas, nas minhas chatices, e consigo sempre passar aquele enorme portão de ferro com uma sensação de alegria e paz.
Como se aquele período de tempo em que ali me mantive tivesse apagado todos as chatices do meu dia, como se todo o meu mau humor tivesse ficado ali enterrado num qualquer buraco...
Do alto da minha torre as coisas eram todas bem mais fáceis, mas de lá também não dava para sentir toda a felicidade que tenho vivido...

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